segunda-feira, 25 de maio de 2020

CBA/03 - Evangelho de Marcos


Evangelho de Marcos

A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, como também meu filho Marcos. 1 Pedro 5.13

Hoje nós iremos conhecer e entender a respeito do Evangelho de Marcos que é considerado pela grande parte dos acadêmicos como sendo o evangelho mais antigo que dos escritos canônicos do novo testamento
Boa parte dos acadêmicos considera que de fato uma das principais fontes para nós entendemos sobre o Jesus de Nazaré histórico se encontra no evangelho de Marcos e que este É de fato o evangelho mais antigo algumas pessoas

Embora o Evangelho de Marcos não identifique o seu autor, os pais da igreja primitiva concordam por unanimidade que Marcos foi o autor. Ele era um associado do Apóstolo Pedro e evidentemente o seu filho espiritual (1 Pedro 5.13). De Pedro ele recebeu informações de primeira mão dos acontecimentos e ensinamentos do Senhor, e preservou essas informações em forma escrita.

É geralmente aceito que Marcos é o João Marcos do Novo Testamento (Depois de assim refletir foi à casa de Maria, mãe de João, que tem por sobrenome Marcos, onde muitas pessoas estavam reunidas e oravam. Atos 12.12). Sua mãe era uma Cristã rica e proeminente na igreja de Jerusalém e a igreja provavelmente se reunia em sua casa. Marcos se juntou a Paulo e Barnabé em sua primeira viagem missionária, mas não na segunda por causa de um forte desentendimento entre os dois homens (Ora, Barnabé queria que levassem também a João, chamado Marcos. Mas a Paulo não parecia razoável que tomassem consigo aquele que desde a Panfília se tinha apartado deles e não os tinha acompanhado no trabalho. Atos 15.37-38). No entanto, perto do final da vida de Paulo ele pediu a Marcos para ficar com ele (só Lucas está comigo. Toma a Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério. 2 Timóteo 4.11).

O Evangelho de Marcos foi provavelmente um dos primeiros livros escritos no Novo Testamento, provavelmente em 57-60 dC.

Embora Mateus tenha sido escrito principalmente para seus irmãos judeus, o Evangelho de Marcos parece ser direcionado aos crentes romanos, particularmente os gentios. Marcos escreveu como um pastor para os cristãos que já tinham ouvido e acreditado no Evangelho. Ele desejava que eles tivessem uma narrativa biográfica de Jesus Cristo como Servo do Senhor e Salvador do mundo a fim de fortalecer a sua fé diante da perseguição severa e ensinar-lhes o que significava ser Seus discípulos. Ele organizou bem sua carta para que os leitores entendessem a cronologia de Cristo

Marcos 1.11: “Então, foi ouvida uma voz dos céus: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo.”

Marcos 10.45: “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”

Marcos 12.33: “...e que amar a Deus de todo o coração e de todo o entendimento e de toda a força, e amar ao próximo como a si mesmo excede a todos os holocaustos e sacrifícios.”

Marcos 16.6: “Ele, porém, lhes disse: Não vos atemorizeis; buscais a Jesus, o Nazareno, que foi crucificado; ele ressuscitou, não está mais aqui; vede o lugar onde o tinham posto.”

Este evangelho é único porque ele enfatiza as ações de Jesus mais do que Seus ensinamentos. É escrito de forma simples, movendo-se rapidamente de um episódio da vida de Cristo para outro. Ele não começa com uma genealogia como em Mateus porque os gentios não estariam interessados em Sua linhagem. Após a apresentação de Jesus no Seu batismo, Jesus começou Seu ministério público na Galileia e chamou os primeiros quatro de Seus doze discípulos. O que se segue é o registro da morte, vida e ressurreição de Jesus.

O relato de Marcos não é apenas uma coleção de histórias, mas uma narrativa escrita para revelar que Jesus era o Messias, não só para os judeus, mas para os gentios também. Em uma profissão dinâmica, os discípulos, liderados por Pedro, assumiram a sua fé nEle (Então lhes perguntou: Mas vós, quem dizeis que eu sou? Respondendo, Pedro lhe disse: Tu és o Cristo. E ordenou-lhes Jesus que a ninguém dissessem aquilo a respeito dele. Marcos 8.29-30), embora não tenham compreendido plenamente Sua messianidade até depois da Sua ressurreição.

Ao seguirmos Suas viagens pela Galileia, áreas circundantes e então para a Judeia, percebemos quão rápido o ritmo foi estabelecido. Ele tocou a vida de muitas pessoas, mas deixou uma marca indelével em seus discípulos. Na transfiguração (Marcos 9_1-9), Ele deu a três deles uma visualização do Seu retorno futuro em poder e glória, e mais uma vez lhes foi revelado quem Ele era.

No entanto, nos dias que antecederam a Sua última viagem a Jerusalém, vemo-los desnorteados, com medo e duvidando. Quando Jesus foi preso, Ele ficou sozinho depois que todos fugiram. Nas horas seguintes, durante os julgamentos simulados, Jesus proclamou ousadamente que Ele era o Cristo e que Ele seria vitorioso em Sua volta (Marcos 14.61-62). Os eventos climáticos em torno da crucificação, morte, sepultamento e ressurreição não foram testemunhados pela maioria de Seus discípulos. Entretanto, várias mulheres fiéis testemunharam a Sua paixão. Depois do sábado, no início da manhã do primeiro dia da semana, elas foram ao sepulcro com especiarias de enterro. Quando viram que a pedra tinha sido movida, elas entraram no túmulo. Não foi o corpo de Jesus que viram, mas um anjo vestido de branco. A mensagem de alegria que receberam foi: "Ele ressuscitou!" As mulheres foram as primeiras evangelistas por espalharem a boa nova da Sua ressurreição. Esta mesma mensagem tem sido transmitida para todo o mundo nos séculos seguintes até nós hoje.

Como o público-alvo de Marcos era os gentios, ele não cita o Antigo Testamento com a mesma frequência que Mateus, o qual escreveu principalmente para os judeus. Ele não começa com uma genealogia para ligar Jesus aos patriarcas judeus, mas começa ao invés com o Seu batismo, o início de Seu ministério terrestre. Mas mesmo aí, Marcos cita uma profecia do Antigo Testamento sobre o mensageiro, João Batista, o qual exortaria o povo para "preparar o caminho para o Senhor" (voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas; Marcos 1.3

Eis a voz do que clama: Preparai no deserto o caminho do Senhor; endireitai no ermo uma estrada para o nosso Deus. Isaías 40.3

Enquanto aguardavam a vinda do seu Messias.

Jesus faz referência ao Antigo Testamento em várias passagens em Marcos. Em "Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios; o seu coração, porém, está longe de mim; Marcos 7.6" Jesus repreende os fariseus por sua adoração superficial de Deus com os lábios, enquanto seus corações estavam longe dEle, e se refere ao seu próprio profeta, Isaías, para condená-los de sua dureza de coração (Por isso o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor; Isaías 29.13). Jesus se referiu a uma profecia do Antigo Testamento que era para ser cumprida naquela mesma noite, enquanto os discípulos seriam espalhados como ovelhas sem pastor quando Jesus foi preso e condenado à morte (Marcos 14.27; Zacarias 13.7). Jesus referiu-se novamente a Isaías quando purificou o Templo dos cambistas (Marcos 11.15-17, Isaías 56.7, Jeremias 7.11) e então aos Salmos quando Ele explicou que era a pedra angular da nossa fé e da Igreja (Marcos 12.10-11; Salmo 118.22-23).

Marcos apresenta Jesus como o Servo sofredor de Deus (Marcos 10.45) e como Aquele que veio para servir e sacrificar-se por nós, em parte para nos inspirar a fazer o mesmo. Devemos servir como Ele serviu, com a mesma grandeza de humildade e dedicação ao serviço dos outros. Jesus exortou-nos a lembrar que para ser grande no reino de Deus, devemos ser o servo de todos (Marcos 10.44). O auto-sacrifício deve transcender a nossa necessidade de reconhecimento ou recompensa, assim como Jesus estava disposto a ser humilhado ao oferecer a Sua vida pelas ovelhas.

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